A PEDRA DO GALO
Esta é a Pedra do Galo
Que continua adormecida
Assim como os Eucaliptais
Continua esquecida
Esta pedra se localiza
Bem na beirinha da antiga linha
A um quilometro abaixo
Onde foi a Fecularia
Esta pedra tem história
Fica na beirada da antiga linha
Servia para observar
Quando o trem na curva vinha
Certo dia um certo homem
Á meia noite lá passou
Viu um galo em cima da pedra
Que bateu azas e cantou
E escutou uma voz
Que assim lhe dizia
Arranque uma botija
Ao lado da fecularia
E indicou o local
E lá o homem cavou
E encontrou prata e ouro
Coisas de muito valor
O homem teve um calafrio
Que até se arrepiou
E de uma hora para outra
Logo rico ele ficou
E escutou a mesma voz
Que vinha do mundo além
Voce guarde este segredo
E não conte pra ninguem
Mas ele muito agitado
Só pensava na riqueza
E pensou, pensou bastante
Como saiu da pobreza
E contou pra toda gente
O que tinha acontecido
Foi aquela correria
Foi aquele alarido
No mesmo dia a meia noite
Toda gente no embalo
Foram para a pedra correndo
Só pra ver se via o galo
O galo apareceu
Mas não bateu asas e nem cantou
E o povo que lá estava
Na pobreza continuou
E o povo revoltado
Foi aquela confusão
Bateram tanto no homem
Que deu pena e compaixão
Conclusão dessa estória:
Boca calada ganha um cruzado
Boca falando sai apanhando.
João Herculano.
Borborema, 02.12.2021

Nenhum comentário:
Postar um comentário